A indução de resistência consiste no aproveitamento de uma série de formas de proteger a planta naturalmente, com base em seus próprios mecanismos de defesa. Com isso, ela é fortalecida e consegue se defender melhor contra diversos tipos de patógenos. Na cultura do citros, isso tem grande relevância, pois são plantas propensas a ataques variados.
Para esclarecer melhor como funciona a indução de resistência na cultura dos citros, preparamos este post. Confira, e descubra como agregar muito mais proteção e valor ao seu cultivo!
Externa e internamente, as plantas contam com uma boa quantidade de barreiras físicas. É o caso das:
Tiloses;
Cortiça;
Pilosidade.
Entre outras, além das barreiras bioquímicas, que são representadas pelas proteínas, fenóis e alcalóides. Assim, a indução de resistência precisa ser ativada por meio de agentes indutores de resistência. Eles simulam patógenos e distribuem, ao mesmo tempo, substâncias protetoras que ajudam a fortalecer as defesas da planta.
Os indutores anteriormente citados podem ser sintéticos ou mesmo naturais, como é o caso de extratos de plantas, por exemplo. Para tanto, é importante observar que esses produtos contêm ao menos uma das substâncias abaixo:
Ácido salicílico (AS);
Ácido jasmônico (AJ);
Ácido β-aminibutírico (Baba);
Acibenzolar-S-metil (ASM).
Outras substâncias já têm sido consideradas para complementar o trabalho de indução de resistência, como os fosfitos e silicatos, entre outros.
A cultura dos citros pode ser altamente prejudicada por uma doença que é transmitida pela bactéria Xanthomonas citri subsp. Citri: o cancro cítrico. Ela tem o poder de impactar a maioria das cultivares, espalhando-se pelas folhas, frutos e ramos criando lesões capazes de destruir uma planta.
Comercialmente, isso se traduz em prejuízos múltiplos para o agricultor. E é aí que a indução de resistência ganhou espaço cativo no combate à doença e outros problemas que impactam a cultura dos citros. E alguns estudos conduzidos no Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), em Londrina, têm apontado resultados promissores.
Realizado em conjunto com o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) e a Universidade da Flórida, o projeto faz uso da tecnologia em benefício da agricultura e a partir do estudo de indutor de resistência em citros para fortalecer o plantio. Primeiro, usaram produtos relacionados ao acibenzolar-S-metil (ASM) e ao ácido 2,6-dicloroisonicotínico (INA). Em seguida, o processo evoluiu para inseticidas neonicotinoides.
A ideia foi implementada para testá-los como indutores de resistência na cultura dos citros. Como resultado percebeu-se uma redução na população bacteriana causadora do cancro cítrico. Cerca de 35% delas desapareceram e o número de lesões caiu em até 60%.
Isso tem mostrado que, além de novos fertilizantes também podemos contar com experimentos de indução de resistência para combater as principais pragas nos plantios. Vale destacar, ainda, que a indução de resistência ainda está em estágio de verificação das melhores alternativas para fortalecer as plantas.
No entanto, é possível se apoiar também em outras tecnologias para tornar o plantio mais produtivo e, os prejuízos, menores. É o caso da tecnologia WeedSeeker. Por meio de um sensor óptico eletrônico é possível analisar toda a área de cultivo para controlar a pulverização apenas onde existam plantas verdes. Ou seja: o solo nu não recebe o produto, gerando economia, mais rendimento operacional e ainda reduz o impacto ambiental — além de funcionar de dia e à noite. O vídeo abaixo traz uma mostra do poderio dessa tecnologia em favor de sua produção:
No entanto, é inegável que os avanços estão seguindo em largos passos para uma direção satisfatória, para dizer o mínimo. E, como estamos falando em avanços na agricultura com o auxílio tecnológico, que tal conferir também nosso artigo a respeito da importância da mobilidade na agricultura de precisão?
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