O Brasil se comprometeu em reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005, até 2025, e reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 43% abaixo dos níveis de 2005 até 2030.
Para alcançar essa meta, os principais setores afetados e que devem se movimentar são o Agronegócio e o Florestal. Na área agrícola, o Brasil se propôs a recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas adicionais, além dos 15 milhões já planejados até 2020 no Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC). Além disso, há 5 milhões de hectares adicionais aos 4 milhões já previstos no Plano ABC para 2020, que serão cultivados no sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF).
Na área florestal, o Brasil se comprometeu a restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, para múltiplos usos, até 2030. A importância do reflorestamento deve ser enfatizada, uma vez que um hectare florestado sequestra em torno de 140 toneladas de carbono, um impacto ambiental positivo imenso.
O fato é que as mudanças climáticas são uma megatendência global e que deve impactar a forma de fazer negócios nos próximos anos. Não podemos fechar os olhos para essa questão, já que mais cedo ou mais tarde seremos obrigados a nos adaptar a regras e políticas que visem a redução dos impactos ambientais causados pelas ações humanas e com isso mudar a forma de produzir, de vender e de se posicionar no mercado. Temos que olhar e gerir os negócios de uma nova forma, sair na frente e identificar as oportunidades diante dessa realidade. O Acordo de Paris é apenas o momento inicial de uma discussão que deve ser permanente na pauta internacional.
Fonte: CanaOnline