A Dow AgroSciences lança hoje (30), o “Movimento Fora Buva e Amargoso”, portal que tem como propósito o engajamento de todos os agentes envolvidos na produção e comercialização da cadeia da soja em uma discussão sobre os prejuízos que a cultura vem sofrendo, ao longo dos últimos anos, com o crescimento das áreas infestadas por plantas daninhas.
Atualmente, a maior parte das áreas de soja conta com a presença de plantas daninhas tolerantes ou resistentes ao glifosato. No entanto, a buva e o capim-amargoso são as mais problemáticas na cultura pela sua abrangência territorial e pela resistência ao glifosato. O Movimento visa demonstrar o quanto o sojicultor brasileiro tem perdido em produtividade em função deste problema. “A ideia é esclarecer o cenário atual em torno da matocompetição, discutir sobre seus impactos agronômicos, operacionais, ambientais e econômicos, bem como os caminhos para sua eliminação”, explica Marcus Fiorini, Líder de Marketing para Grandes Culturas da Dow AgroSciences Brasil.
Segundo o especialista, as plantas daninhas são agentes críticos e têm o potencial de sair do controle. Roubam a produtividade do agricultor e podem impactar negativamente, de diversas formas, as lavouras brasileiras, inclusive colocando em risco as conquistas ambientais e agronômicas, como o Plantio Direto. “Essas plantas daninhas têm facilidade de dispersão e adaptação, principalmente em sistemas produtivos brasileiros que não promovem a rotação de cultura e manejo do solo, como acontece com a cultura da soja por Plantio Direto. Isso ocorre porque buva e o capim-amargoso têm reprodução por sementes, que são muito leves e podem ser carregadas pelo vento, espalhando-se à longa distância”, esclarece Fiorini.
Estudos recentes da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) sobre o “Impacto econômico da resistência de plantas daninhas a herbicidas no Brasil” apontam que a área, com presença apenas de buva resistente é estimada em quase 8 milhões de hectares, sendo que a somatória do aumento dos custos de controle nestas áreas se situa entre R$ 970 milhões a 1 bilhão. No caso do capim-amargoso, a estimativa da área total infestada e resistente ao glifosato atinge 8,2 milhões de hectares. Sendo 5,5 milhões de infestação de capim-amargoso resistente, nas quais, o custo total de controle fica entre R$ 1 bilhão a R$ 2 bilhões. O pior cenário, em relação ao aumento dos custos, é aquele que apresenta a infestação mista de buva e capim-amargoso. Essa última situação é estimada em 2,7 milhões de hectares, onde os custos aumentam entre R$ 793 milhões a R$ 1 bilhão.
Apesar destes dados alarmantes, o agronegócio é hoje o setor que mais contribui para o fortalecimento da economia brasileira, respondendo individualmente por 1/4 do Produto Interno Bruto. Na cultura da soja, por exemplo, a safra 2016/2017 bateu recorde de 114,04 milhões de toneladas colhidas, de acordo com levantamento divulgado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). O que faz do Brasil o segundo maior produtor mundial do grão, atrás apenas dos Estados Unidos, que produz mais de 117 milhões de toneladas.
“O ‘Movimento Fora Buva e Amargoso’ traz à tona este problema sério que vem tomando conta das lavouras, que é a infestação de plantas daninhas, que causam perdas de produtividade devido a matocompetição. Porque além delas servirem como hospedeiras para pragas e doenças, elas também provocam o aumento da umidade e as taxas de impurezas nos grãos colhidos, o que rebaixa a classificação comercial da saca, refletindo em menor ganho econômico para o produtor”, ressalta Fiorini.
No portal do “Movimento Fora Buva e Amargoso” - www.forabuvaeamargoso.com.br, os sojicultores encontram informações completas sobre a forma correta de se fazer o manejo integrado. No endereço eletrônico, os visitantes têm acesso ainda a episódios da webserie “Operação Soja Limpa”, que traz histórias de sucesso sobre o combate as plantas daninhas. Cada vídeo mostra o depoimento de um produtor rural sobre como é o cenário da matocompetição em sua região e o que ele teve de fazer para superá-la.
Treinamentos - Circuito Soja Limpa
A maior parte dos produtores rurais só se dá conta da infestação de plantas daninhas, quando ela já passou a comprometer a rentabilidade da lavoura. Isto porque, embora atualmente exista muita tecnologia no campo, muitos agricultores ainda não dão tanta atenção à matocompetição quanto dão para pragas e doenças. Assim, para apresentar, de maneira didática, a ameaça que elas representam para a produção brasileira, o “Movimento Fora Buva e Amargoso” irá promover treinamentos a respeito do assunto. Mais do que uma palestra expositiva, os encontros “Circuito Soja Limpa” serão uma espécie de circuito dinâmico, no qual os visitantes receberão orientações dos pesquisadores Mauro Rizzardi e Robinson Osipe e poderão interagir com hologramas, painéis e telas touch screen.
O calendário com a programação do treinamento segue abaixo:
· Nova Mutum (MT) – dia 05/09
· Primavera do Leste (MT) – 11/09
· Querência (MT) – 15/09
· Gurupi (TO) – 19/09
· Uruaçu (GO) – 02/10
· Cristalina (GO) – 04/10
· Uberlândia (MG) – 06/10
· Capão Bonito (SP) – 09/10
· Passo Fundo (RS) – 11/10
· Ijuí (RS) – 16/10
· Cruz Alta (RS) – 18/10
· Cachoeira do Sul (RS) – 20/10
Para mais informações, acesse: www.forabuvaeamargoso.com.br
Fonte: Grupo Cultivar