A intensificação sustentável é uma das grandes projeções para a agricultura no país. Confira abaixo tudo sobre os desafios do setor para os próximos anos!
A cada ano, novas previsões são feitas para diferentes segmentos do mercado — e com a tecnologia na agricultura brasileira não poderia ser diferente.
Recentemente, inúmeras lideranças e especialistas, brasileiros e internacionais, apresentaram projeções para o desenvolvimento da agricultura no Brasil. Entre essas tendências, está a chamada intensificação sustentável dos sistemas de produção agrícola, tema que vem se destacando entre os pesquisadores da área e busca encontrar soluções que contribuam para a redução dos riscos nas atividades agrícolas.
Que tal aproveitar e se aprofundar no assunto? No artigo de hoje você descobrirá tudo sobre as grandes expectativas para um setor tão promissor. Confira!
Nos últimos anos, o Brasil ganhou destaque mundial devido a sua expansão na produção agrícola, no mesmo momento em que ampliava os seus estudos relativos à preservação ambiental.
Para se ter uma ideia, 66% de todo o território nacional é coberto por vegetação nativa — o que, sem dúvida, chama atenção para a necessidade de se pensar em ações voltadas para a sustentabilidade.
Em paralelo, nos últimos 40 anos o país contou com uma das maiores taxas de aumento da produtividade no setor agrícola. Atualmente, 21% do território nacional diz respeito às áreas de pastagens e 9% são reservados para áreas com agricultura anual, semiperene e perene.
Contudo, da mesma maneira como acontece no restante do mundo, a chamada intensificação sustentável produtiva é influenciada por outras questões importantes, como o crescimento populacional, o aumento da renda e do consumo da população e, claro, a necessidade de preservação dos recursos básicos, como a água e o solo.
Pensando nisso, muitos profissionais da área estão investindo em estudos e tecnologias para aumentar os lucros do setor e, ao mesmo tempo, diminuir ao máximo os impactos ambientais.
Agora, você deve estar se perguntando: como driblar essas questões e, ainda assim, manter o país em constante processo de crescimento e produção? Para isso, os especialistas investiram em sistemas de produção mais complexos e sustentáveis.
Um bom exemplo disso, foram os sistemas com baixa emissão de gases de efeito estufa (GEE), como os agroflorestais, sistema de plantio direto e agricultura orgânica, controle biológico de pragas e doenças, dentre outros. Felizmente, boa parte desses mecanismos já faz parte da realidade agrícola do país.
O resultado disso é, certamente, muito vantajoso. Entre os principais países produtores de fibras, alimentos e biocombustíveis, o Brasil é um dos poucos que pensam em ampliar o seu campo de produção, ao mesmo tempo em que se preocupa com os seus resíduos naturais.
Outra informação que merece destaque: em 2015, o país apresentou, na 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, o seu compromisso de reduzir em 43% as emissões de GEE até 2030. Há ainda, outros acordos firmados durante a COP 21, como:
Reduzir as taxas de desmatamento na Amazônia e no Cerrado;
Adotar tecnologias de intensificação da agricultura para recuperar pastagens degradadas.
Vale ressaltar que tais cuidados devem ser tomados tanto pelos próprios produtores rurais, quanto pelos tomadores de decisão. E isso vale, ainda mais, quando o assunto diz respeito à degradação dos solos e à gestão dos recursos naturais, que é o caso da água.
Principais desafios da tendência para os próximos anos
É inegável que, diante de todos os fatores externos e mudanças de cunho mundial, a indústria agrícola encontrará diversos desafios a serem superados nos próximos anos. De acordo com os especialistas, os principais deles são:
Melhorar a genética e o manejo animal para aumentar a capacidade de conversão alimentar;
Otimizar a utilização dos recursos hídricos na agricultura irrigada;
Aumentar o uso dos sistemas integrados e sustentáveis na produção agrícola, com o objetivo de reduzir os riscos econômicos, ambientais e sociais;
Incentivar a realização de pesquisas e compartilhamento de conhecimento sobre os diferentes biomas brasileiros;
Investir na recuperação de áreas que foram degradadas, seja para o uso agrícola ou para fins de conservação. Esse processo deverá ser feito por meio de tecnologias e políticas públicas;
Intensificar o desenvolvimento e a utilização de ferramentas gerenciais dos sistemas de produção agrícola;
Executar políticas públicas e demais programas que adotem boas práticas agrícolas e o pagamento por serviços de cunho ambiental;
Aumentar o uso de biocombustíveis sustentáveis e outras fontes renováveis de energia.
Com essas medidas, a expectativa é que o Brasil continue à frente dos sistemas de produção agrícola e, ao mesmo tempo, evite ao máximo a degradação do meio ambiente, sendo um grande exemplo do segmento para o mundo.
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