Não é de hoje que as ervas daninhas representam um enorme desafio para os agricultores, estatísticas demonstram que as médias de perdas ocasionadas por essas pragas variam entre 20% e 80%. Um problema que ganha proporções ainda maiores quando falamos de ervas daninhas resistentes.
Essas conseguem se acostumar as aplicações de doses de herbicidas, e mais do que isso, ainda se reproduzem consideravelmente, sufocando a lavoura e comprometendo a rentabilidade da safra.
Nesse artigo, você conhece mais sobre essa ameaça resistente, as espécies mais comuns no Brasil, o impacto negativo no bolso do produtor e o que fazer para evitá-la. Confira!
A resistência da erva daninha é definida pela capacidade de sobreviver e se reproduzir mesmo após uma aplicação de herbicida. Geralmente esse tipo de força se dá em alguns biótipos de planta em uma dada população.
Teoricamente, essas substâncias deveriam matar as plantas invasoras, mas a aplicação errada das doses, o uso repetido do mesmo mecanismo de ação e a falta de tecnologia específica, garantem a sobrevida desse tipo de planta.
Existem ervas daninhas resistentes a herbicidas em todo o mundo, por exemplo, estima-se que 129 espécies são resistentes aos inibidores da enzima acetolactato sintase ALS e cerca de 70 não sentem os efeitos dos inibidores de fotossistema II. Outras 42 espécies são relutantes aos inibidores da enzima ACCase e em média 30 insistentes às auxinas sintéticas.
Só no Brasil, 90% da área cultivada com soja é resistente ao glifosato. Segundo a pesquisa especializada em plantas daninhas desenvolvida pela Embrapa, atualmente existem cerca de 20 milhões de hectares no sistema de produção de soja com a presença de ervas daninhas. Praticamente são três as espécies mais comuns, conheça-as a seguir:
Azevém
A erva daninha Lolium multiflorum ou mais conhecida como Azevém, é frequentemente encontrada nas culturas de inverno no Sul do Brasil, e se prolifera especialmente nas lavouras de trigo.
Há uma estimativa de que a presença do Azevém reduz de 18% a 56% a produção de trigo, e nos casos em que ocorre a adubação nitrogenada na lavoura, a produtividade da cultura pode cair ainda mais, chegando a até 62%.
Buva
Conyza bonariensis, Canadensis e Sumatrensis são subespécies da Buva, erva daninha que infesta em maior quantidade as lavouras de soja.
A presença dessa planta pode causar perdas de produtividade de soja de 1.174 a 1.469 kg por hectare. Em números percentuais, a diminuição da produção pode chegar a 48%.
Capim-amargoso
A Digitaria insularis ou Capim-amargoso pode interferir consideravelmente na produção de soja. Essa planta consegue se infestar em proporção de 4 a 8 plantas por metro quadrado, reduzindo a produtividade da lavoura entre 23,5% e 44,5%.
Além de diminuir consideravelmente a produtividade das lavouras, as ervas daninhas atraem mais doenças por serem hospedeiras incomuns. Isso eleva os custos com o controle de pragas e exige mudanças nas práticas de manejo.
Essas ervas invasoras também provocam aumento da umidade e da taxa de impureza nos grãos colhidos, o que rebaixa a classificação comercial do grão.
Em termos financeiros, atualmente, o custo médio da resistência de ervas daninhas no Brasil, apenas para o sistema de produção de soja, é estimado em R$ 5 bilhões ao ano. Se for considerada as perdas nas lavouras esse total pode atingir R$ 9 bilhões anualmente.
Práticas agrícolas pouco eficazes resultam e dão continuidade ao surgimento de plantas daninhas resistentes a herbicidas, uma maneira de controlar essas plantas invasoras é fazer uso de controle químico através de herbicidas seletivos em conjunto com a ferramenta WeedSeeker, viabilizando assim o uso desses herbicidas de alto custo em comparação ao convencional.
Esse dispositivo tem um leitor de NDVI que capta o índice vermelho e infravermelho das plantas e determina as áreas de aplicação, evitando a utilização no solo nu e permitindo controlar as plantas daninhas mesmo sobre outras culturas já plantadas.
O WeedSeeker também possui um sistema de calibração prático e eficiente, capaz de identificar a massa da cultura e calibrar a aplicação apenas em plantas daninhas que forem maiores do que a da cultura instalada.
Dessa forma, o WeedSeeker aumenta o rendimento operacional e diminui custos de maneira considerável. Isso porque, ele funciona dia e noite, faz a própria aplicação e economiza defensivos em até 90%.
Agora que você aprendeu mais sobre as ervas daninhas resistentes e os seus malefícios para as lavouras, continue acompanhando nossos conteúdos para levar o melhor da tecnologia para o campo.